sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Aos camaradas


Aos camaradas que ficaram, quero que saibam, que levo encravado no peito a bandeira de luta, a revolta contida que transparece nos olhos. Quero que saibam que a saudade que sinto, não cessa ou diminui. Ela esta incondicionalmente ligada ao agora, nas palavras e nos atos que expresso a cada nova amizade.

Aos camaradas que ficaram, quero dizer que tudo o quanto que aprendi, é repassado a todos aqueles que estão dispostos a me ouvir.

Quero dizer que na marcha rumo a morte, levo a coragem de todos vocês, levo a memoria e a certeza de que, mesmo que distante os braços estejam, o coração ainda assim, luta por todos.

Aos camaradas que deixei, quero que saibam que a esperança de ve-los se mostra forte e inabalável. Que seja na linha de frente ou num domingo de cerveja.

Aos camaradas que ficaram minha saudade.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Aprenda o que foi negado, esqueça o que foi lhe ensinado!

APRENDA O QUE LHE FOI NEGADO! DESAPRENDA O QUE FOI LHE ENSINADO!

" Ao ébrio a coragem o guadara, quando certo de sua sobriedade"


E se pesa lhe a hora,


se a vida lhe consome,


e o riso que lhe vem a face,


é apenas o estado de embriagues,


lembre-se,


um dia acaba,


um dia jazer eternamente,


Não se culpe por querer fugir,


não se culpe por fingir,


culpe-se por não viver,


culpe-se por não cuspir,


culpe-se por não amar,


culpe-se por não fazer,


Desculpe-se por culpar-se,


descubra o porque,


e se perca por não saber,


se descontrole por não haver respostas,


beba, festeje a desgraça humana,


sofrendo junto pela falta de humanidade,


Levante e dance, pise no pé da patricinha da malhação,


exiba sua barriga de chope,


vomite no colo do empresário,


faça greve e mostre o dedo ao patrão,


A vida existe no viver,


a existência existe no social,


a sobre-vida nas classes sociais,


os sonhos nos anúncios publicitarios,


no desejo de ser diferentemente "igual"


esteja sóbrio ao sonhar e bêbado ao agir.


"Ao ébrio a coragem o guardara, quando certo de sua sobriedade"




quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Poesia meretriz



Por vezes, as palavras me disseram algo poético.

traduzindo os sentimento, os sentidos em escrita poética,

e quanto mais apaixonado fico,

morre comigo meu apaixonado poeta,

Pois de paixão alimenta-se

a doce vil ilusão da vida,

que nos mantêm de simulacro

o coração alimentado.
E por vez emulei,

e criei,

e no torpor,

na epifania do gozo da quimera,

de triste desamparo fiquei,

E como alguém que espera,

platónico amor de novela,

padeci, num gole de pinga amarela,

as letras poéticas num mijo de esquina,

Amado fui na madruga singela,

no seio farto de uma donzela,

passado coito apaixonado,

tirei a paga, o jornal, a verba

dos versos meus,

a recompensa da donzela.

E como boa meretriz que era,

beijou me, como o beijo da maça de Eva,

Voltei pra casa andando,

sangrando e sem dinheiro,

Foi pensando no romance,

da divisão que habitava nossas vidas,

lembrei que Romeu, com bravura, morreu de amor,

Então, vendi meus bens e comprei flores,

Resolvi então morrer de amores,

Passei um mês, no colo quente,

das putas da Augusta.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Um mundo de merdas.



Individualmente podemos tornar esse mundo uma merda, cada qual cagando sua contribuição, mas individualmente não podemos fazer do mundo um lugar melhor. Infelizmente cagamos muito e sozinhos.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Cristo, funk, carnaval, cigarro, Zecapagodinho e besteirol a parte.

Sigo alimentado de cerveja e tabaco, alimento meu consciente de embriagues e vicio.
tenho posto no rosto um riso triste, e na alma uma dor latente.
não mais tolero Eucaristia.
tão pouco a ilusória cidadania.
bebo e me esqueço.
fumo e adormeço em plena putaria.
sigo, o trem alegre da festa.
chorando a estupidez da espécie.
verdades não me habitam
as certezas? bem eu as cago ou vomito no banheiro.
somos o excremento de Deus, somos a tua vil bondade.
E quando me pedires um cigarro, lembre-se que não peço a tua bíblia.
Cantamos o mesmo refrão, eu com meu cigarro, e você bolando Deus.
Vamos descendo ate o chão, rebolando na miséria da tal cultura periférica,
A vida é uma festa de segunda a sábado,
Pois a rima perde a linha na missa de domingo,
A religião negra tão satanizada, tem prós pretos e prós brancos o forte som do tamborzão.
E o povo brasileiro tão guerreiro, continua trabalhando e segue cantando "deixa a vida me levar"
Segue a prole no embole no discurso popular,
De quem trabalha e consome um dia encontra seu lugar,
E a fé cega de que a Educação ira mudar,
Esse país de miseráveis, que no Carnaval vão pular,
Um outro samba relembrando a historia do burguês branco,
Que o pobre hoje tem o seu lugar,
Eu vou dizer - vou dizer..
Que alegria a minha quando eu beber..
Eu vou dizer - vou dizer er..
que tristeza minha vendo o meu povo padecer...

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

A vida é um circo.


Minhas verdades foram destruídas.

E hoje engano-me, finjo ser sincero minha sinceridade. minto com minhas roupas, com meu cabelo, com minha calma, passividade, alegria e as certezas incertas de si.

A convivência social e suas mascaras, tenho varias mesmo quando acho que não as possuo.

É inevitável. Sou apenas mais uma criação, uma invenção idealizada de homem, de amigo, cidadão, de filho.

E mesmo que ao escrever tente reverter ao padrão, sou apenas seu antónimo. O complemento necessário para a existência de uma normalidade.

Mas não se preocupe, apertemos as mãos, me de um sorriso.

A vida é um circo alegre e divertida. Somos só os palhaços, adormecidos e maquiados.

Tchau.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Me anoiteço quando não durmo

é simples se perder
pois a busca é viver
a achar que se perde
o que nunca se teve

a simplicidade
é a chave
aceitar a verdade
que felicidade
é saudade ou instante

crer no sol
na chuva a nos guiar
é repousar e acreditar
em motivos pra seguir
não me deixo enganar
tão pouco me abater
vou cegando a razão
quando alma enfraquecer

no peito a bater
um coração sem eu querer
é simples levantar
quando se cre
que verdade não ha
fazer do tempo, amigo
e da vida so viver,
ver a noite anoitecer
e a vida a se acabar.

A verdade idealizada só me mostra minha imperfeição

Desconstruo a cidade
Buscando a realidade
Que se perde em partes
A cada parte que se parte

E desses símbolos
Finjo que sinto
Que são meus
Pois quando minto
Acho que me sinto
Mais parte dos teus.

Sou o teu mais um
Sem bem nenhum

E se preocupas comigo
Desde berço a morte
Num abraço amigo
Ensina-me e envolve
Para que não fuja a norma
Te teus sonhos ideais
Mais tu ÉS espelho
Quando olho pra mim
A face imperfeita
Que lhe deseja o fim.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

O jogo


Você já segurou uma arma ? Já sentiu o poder que ela lhe da. A sensação de decidir entre a vida e a morte. Me pergunto se puxar o gatilho é o certo, se o certo é certo e se errar é não fazer o que se é certo.

A mais o que você faria ? Quantas vezes não se sentiu impotente, injustiçado, excluído da vida e da moral cristã, esquecido pela ética cidadã democrática. Já tenho a arma, as balas e motivos vários, varias razões sem razões e motivos que ate então acredito ser o mais lógico possível.

Escrevo aqui pela duvida, e o pingo de boa fé na razão humana, me perguntei ate onde a maldade se estende, e percebi que sua imensidão obscurece qualquer bondade ou amor.

Então farei desse escrito, minha analise cientifica, minha ciência social, e caberá a você decidir quem vive e quem morre, assim me abstenho de qualquer culpa e responsabilidade, serei assim o instrumento de seu julgamento, o corpo da ação que obedece a lógica do seus argumentos.

Darei um prazo de sete dias a partir da publicação desta postagem, agirei de acordo com os comentários, para aqueles que lerem e se isentarem da responsabilidade, o gatilho será puxado.

Igreja, escola, prefeitura, trem , metro a possibilidade de ação é infinita, posso ir ao centro de São Paulo, escolher um prédio qualquer entrar, julgar e condenar quantos puder.

Vou deixar as duvidas corroerem sua alma, se o que digo é real, se isso não passa de mais uma de minhas historias, pode ser que sim ou que não. Será ?

Terão aqueles que de tão imersos na fria condição humana, não se importaram que tire a vida de um de meus familiares, pois será apenas mais uma noticia a ser publicada, lida, não sentida e esquecida. Mas ainda assim a duvida, posso condenar qualquer um, você, seu irmão, sua esposa ou filho. Igualzinho a sua democracia assassina que mata pelo seu consentimento, pelo seu silencio de auto-proteção.

As cartas estão na mesa, arme suas verdades, o jogo começa agora.

.


domingo, 6 de setembro de 2009

As mãos


As mãos estão atadas tão fortemente, que o medo de se verem separadas, fazem-nas se agarrarem mais um pouco. Os dedos estão entrelaçados, são namorados, amantes de pele e de unha, acariciam-se num instante eterno e mesmo no suor da palma, firmam se mais para que o outro não se solte. Será entre esses abraços eternos, que iram se presentear, ostentaram a aliança, como o firme pacto de suas digitais. São felizes

Aos poucos no caminhar das tardes, uma delas estará frouxa enquanto a outra ainda assim a segura, uma delas encontrara no bolso uma desculpa de repouso, uma alcova escura, onde o tempo é dela, onde só ela pode ir. A outra ira encontrar o cigarro, as chaves de casa, para não sentir-se sozinha, abandonada. É então que uma delas, tateara o mundo em sua aspereza e suavidade, cumprimentara outras mãos, e então mostraram uma a outra os gestos antes escondidos.

Como um acenar de adeus.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

As mentiras das verdades (desabafo)

Quando se percebe a miséria humana, não a noite que descanse ou que apague da sua mente a revolta e as duvidas.

E no emaranhado de duvidas e perguntas, a falta de respostas é um frio no estômago e um vazio que te faz chorar na noite silenciosa. E as melhorias que nunca chegam, os discursos que lhe pregam, as ideologias que mascaram a dominação e escravidão do homem, amargam a alma e endurecem o coração, na boca sobra um gosto de nicotina e palavras que são navalhas prontas para cortar a carne de quem escute.

Tudo perde a cor, seus olhos vem um mundo cinza, a esperança se torna uma fábula, e nos dias que se seguem, é a luta constante, fugindo da depressão.
Só deixo certo no peito de que nada é certo. Que a humanidade é um erro, que a luta é vã.
A descrença é triste, e te desampara, mas te protege da mentira das verdades.

Acorde em mi maior

E busco o que perdi
mesmo sem te-lo perdido,
acho que ando mesmo perdido,
entre livros, cigarros e acasos,
entre a procura e a cura
que desliza e se anuncia
no horizonte que sempre se distancia,
e aquele amante que em mim ardia
sobra o bêbado falante
destruindo sonhos dos amantes
da vida de hoje em dia,
e o que preciso ser ?
fiel católico entorpecido
anarquista desiludido ?
Quando a musica acabar meu bem,
traga outra dose e outro maço de cigarro,
anote seu telefone, quem sabe eu te ligo,
quem sabe em teu seio eu me esqueça de esquecer,
e acorde em mi maior,

Deixa pra la

As mãos dadas,
menino e menina,
menina e menina,
filho e pai,
amantes e indecisos,
Sonhos e desejos,
a praça e o sol,
pipoca e pombos
caderno e caneta,
meu coração e todos,
E o amor ?
deixa pra la,
sentimos pois as intenções,
de nossa carência doentia,
que se vende a cada dia,
procurando viver em outros olhos

vivo de noite

Ao despertar do dia
acorda cedo em mim
a noite clara do fim,
do final do dia.
sinto viva a vida
presa dentro da alma
mais encolho o corpo a cama
e vejo apenas o que poderia ser
do dia.
Mas faço da noite companhia

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Não leia

Para não sofrer do mal que sofro,
basta não estranhar-se,
não perguntar-se quem é,
se tudo é mutável,
se razão ou lógica,
nas relações sociais,
basta não lembrar que ainda
que o homem explora o homem,
que as certezas que temos,
são conceitos criados,
que existem somente porque os aceitamos como verdades,
para não sofrer do mal que sofro,
basta apenas não pensar no que digo,
para não pensar no que digo,
basta apenas esquecer de si mesmo.
Quero esquecer.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Docê fantasia

E você espera algo bom,
algo que te faça feliz,
Trabalha o coração
a reprimir o real
Força sua alma
a sonhar por mais um dia.
Um dia de acontecimentos distantes,
realizações extraordinarias,
Você no centro de alguma coisa,
Alguma coisa que reconheçam em você,
O desejo de ser amado, lembrado,
Nossa vaidade e fobia do anonimato,
Nosso animal social,
Faz crer que a fantasia,
é o doce sabor do real,
Esqueça de ti e de mim.
Somos nos.

No dia




Passadas largas,


Passos rapidos,


Atrasado.


O tempo corre,


O corpo cansa,


o suor escorre,


Inercia.


A boca fala,


O cerebro trabalha,


O corpo na inercia,


Parada.


A gravata desalinha,


Custa as horas,


Perde o tempo,


Sai correndo,


Largas passadas,


Rapidos passos,


Atrasado.


Corre o tempo


Cansa o corpo,


Procuro,


repouso.


Dece escada,


sobe escada,


Não acaba,


A porta.


Puxo ar,


dentre os labios,


Pra descançar,


em teus braços.

Beba

Da vida tomo como agua,
vida esta que não quero,
Pois mesmo que não seja
a vida que sonho
Bebo sincero
agua que tenho

segunda-feira, 17 de agosto de 2009


Fumo mais um cigarro. apenas estou de corpo e pensamento distante.

Ela me conta as novas, eu acendo outro cigarro, e a vida segue .

Ela brilha e me pede atenção, me pergunta se esta cheia, ou se estamos minguantes,

Os cigarros acabaram.

Saio a noite, e ela me segue.

Me olha de cima, me sinto pequeno.

Preciso de um cigarro, de um trago de pinga, ela ainda me segue.

A avenida esta vazia, os bares fechados, ela parece sorrir,

Encontro um mendigo, lhe peço um cigarro.

ela para de sorrir, sento ao lado dele.

Silencio.

-A noite ta bonita, olho o tamanhão dessa lua ?

-Pois è.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Que bom seria

Que bom seria
tão pouca preocupação
que bom seria
Fartura de pão

Que bom seria
que sincero o coração
a todos veria
simples como irmãos

mais me esqueço
que na realidade
tudo tem um preço

e para ter felicidade
finjo que esqueço
que tudo tem seu preço.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Somos fotos coloridas.


Há quanto tempo não sai a rua
Não vê a noite ou toma chuva
Então somos só o desejável ?
Somos só saudades ?
E o grito, o lindo riso do seu rosto
Se acaba pouco a pouco.
Como nossa eternidade
E o que nos aproxima no espaço e tempo
Ao mesmo tempo nos separa e cria
A realidade que não temos, não vivemos,
Somos fotos coloridas
Capas de revistas
Frases feitas.
Que enfeitam a vida
Com capas coloridas
E fotos de revistas.
Há quanto tempo a boca tua
não beija a alma nua
de qualquer pessoa.
E a vida voa
Vai para o mar
Ou assiste ela passar
Chorando a toa
Ou se joga e aprende a nadar,
Navegar atrás da tela,
Não só te protege de erros
Mais te deixa só consigo mesmo.
Só existimos no reconhecimento
dos olhos do próximos.
Antes reconheça-te, nos olhos próprios.

quarta-feira, 22 de julho de 2009







Toda vez que te perco,
me perco por inteiro,
Cada vez que você parte,
Fico pequeno, fico metade,
Metade de uma vida inteira,
Cada despedida sua,
Me pergunto o que fazer,
Há quem recorrer,
Se choro ou se corro,
Se vivo ou se morro,

Cada ausência tua,`
É um pedido de socorro
Mais sei, que descobre agora
teu caminho
tem que ir embora
desvendar sozinho,
o mundo que é só seu

Estou aqui,
é fácil me encontrar,
se um dia precisar,
De qualquer coisa,
pra matar ou pra morrer,
Nossa parceria,
nem tempo ou distancia,
vai destruir,

Somos família, manos,
um pelo outro onde estiver,
Amigos, irmãos,
qualquer hora qualquer dia,
e não há nada que me faça
não amar você.

A quem engana ?


Mato calido amor
Na mais singela canção
Para que o canto de dor
Seja a cura do coração

Canto com ardor
Presunçosa erudição
Aclarando o dissabor
Pela mingua de razão

Amor para sofismar,
Urdir para amar,
Utopia humana,

E quando desenredar,
Some o que sobrar
A quem engana ?

quarta-feira, 15 de julho de 2009


DURANTE MUITO TEMPO ACREDITEI,

QUE AS PALAVRAS ERAM ARMAS,

MAS COMO LUTA QUEM NÃO SABE LER ?

ARMAS AO POVO!

Até... Saudade


Tenho uma saudade presa na garganta,

entre risada e fotografias,

Um dia , um domingo qualquer,

tenho uma saudades de amigos,

da felicidade simples de sorrisos,

aquela de cigarro e papo furado,

São saudades duma vida,

que já nem sei se é mesmo minha,

Saudade de se viver sem pensar,

sem penar,

um dia claro, noite quente,

Aquele dia que se pode engolir o mundo,

Onde todos te conheçam,

E as ruas são o chão de tua casa,

São saudades de felicidade singela,

de sentir-se querido e de se querer,

Sentir saudade,

são só saudades,

Saudades ,

são só saudades,

Ate.

segunda-feira, 6 de julho de 2009


O que você precisa ?



O que te impedi ?



Nada é certo.

ÊRA


O sujo, agressividade no olho de sangue,
A dor do mundo nos ombros,
A crença na descrença,
A juventude eterna,
Aprender a duvidar,
Duvidar e transgredir,
Rejeitar o certo,
Ser o certo por acreditar,
Vadio, na margem,
Periférico,
A desordem em plena ordem,
È o grito seco, de quem não morre,
Apenas vive,
ÊRA

quinta-feira, 2 de julho de 2009

SAMBA DE DOMINGO


A gente reza e torce pra que de certo,
luta e chora pra sorte chegar,
Mas o que sobra são as sobras do nosso jantar,

E os dias de labuta,
sobra pouco dessa luta
de levantar e de viver

Vou folgar nesse domingo,
passar o dia dormindo,
e a noite com você.

E na segunda, direi qualquer desculpa
mesmo que não tenha culpa ,
De querer um pouco de prazer

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Sem media

não quero o sentido,
Me contendo em sentir
Não tenho intenção
Nem intenções por vir,

Na verdade não espero,
Nem de ti nem de mim,
Nem da vida

Não nada que quero
Vou levando assim
Na despedida

Se é de rir eu rio
Se é de chorar eu choro
Se é de amar eu amo
se é de ficar eu fico

E o mundo gira
e a vida passa
termina

Então a graça
que aqui fica
é o mundo que gira,
gira

terça-feira, 23 de junho de 2009

Mesmo que cante o amor.


Me disseram que minhas canções
são tristes,
Mais o que é belo sem ser sofrido ?
Se a ausência aflora o desejo,
A perda, o valor do que se perde,
o que é belo ?
Mesmo que cante o amor
Meu amor será sofrido
Como o adeus de quem tenha partido
como a saudade dum amigo
Como a vida e sua falta de sentido
Mesmo que cante o amor
dele serei cativo,
Mesmo que calado e encolhido
Sofrendo
Amando.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

BOa NOiTE


HAaaa a vida, o filminho da sessão da tarde que é nossa vida, e você não é o mocinho, o protagonista, que triste, assistir o show da tua vida, na fantástica realidade televisiva. Viver o sonho é impossível, e o possível é tão normal, sem cor, e la no fundo, todos nos queremos ser alguém lembrado, amado, queremos ser algo, algo alem de nos mesmo, ETA frustração, eu sei que quem tem razão é o apresentador, o ancora do telejornal, eu assisto, me vicio, me entrego ao luxo de não viver.

Compre mais, mais .

BOa noite

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Mãe reze por mim.





tive verdades,
valsei em sacristia,
e tive medo,
e Deus sabe como tive,

da tua mão,
retirar a bênção,
ficar de mal comigo,
mais resignado e agradecido,
pelo pouco da reza santa,
eu orei ..

Prometia e fingia ser certo,
o erro de apenas aceitar,
desculpe-me mãe,
hoje, eu sei
que não preciso temer
não preciso servir,
nem ajoelhar,
implorar prum grão milagre,
alegrasse minha vida suja,
desculpe-me mãe,
O bicho de careta feia,
não usa um saco,
ele tem a lei mãe,
o revolto anjo mal,
habita a angelical alma tua,
a alma minha,
desculpe-me mãe,
não perpetuar teu sobrenome,
a família, é rebanho mãe,
é prole operaria,
cria capital,
Desculpe-me mãe,
ainda tenho medo,
sou homem feito e tenho medo,
Reze por mim.

domingo, 24 de maio de 2009

Rima sem graça, com desgosto

Passara
como tudo passa,
o infinito
é finito

Chegara
o tempo que faça
a desgraça
ter menos graça

Podemos
não somos
vivemos
sofrendo
e vemos
morrendo
a vida
o momento
que temos

dividimos o mundo,
o mundo nos dividi,
vivemos um mundo
que não existi

rimos, e rimamos
vivendo desse sonho
comercial
mais a rima acaba
acaba a graça,
o sonho,
e o triste mundo
tão grande, tão vasto
lhe deprime
é ai que percebemos
que não somos
não temos,
nos sobrando apenas
o medo,
e uma chance
de tornar real
a pouca rima
do viver.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

É só beber

entao é isso ?

sim é isso

é so viver e mais nada ?

e voce queria mais ?

.


mais uma cerveja ?

mais de futebol voce gosta, não gosta ?

não.

..

ta tarde eu vou embora.

e a cerveja ?

é so beber.

Maré

Resiste ainda a voz que canta
o mar que encanta
esse meu viver

é certo agora
que não existe hora
nem fecho a porta
pior ainda ver

um mundo todo
um mundo novo
sem poder nascer

que canto é esse
de voz calada
dessa paz forçada
que me faz padecer

o livre canto
de qualquer canto
de todo encanto
que possa haver

liberte-me desse medo
pois ainda é cedo
de poder ser.

sábado, 16 de maio de 2009

Tua tristeza Minha alegria

As ruas não são minhas
Não posso te-las,
Nem dividi-las

Quando em coro canto
Marchando pelo seu asfalto
Seus guardiões fazem valer
A lei democrática e minha falsa liberdade

Sou todo corpo, e apenas isso possuo,
Sou carne, sangue e pensamento,
Sou a morte de Cristo e a bênção do Apocalipse,
Sou a palavra torta, de toda prosa reta,
O palavrão, o café com pão das manhas,
A meus irmãos, que me querem mudado,
Conformado e catequizado,
Desejo a feliz morte de suas verdades,
Pois a tua verdade é quem sustenta,
Nossa falsa realidade,
É triste sim, eu sei..
Mas necessário,
É matando sua esperança,
Que mantenho a minha acesa.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

A vida é so vida

A noite nunca dorme
e o dia nunca amanhece
o jovem nunca é jovem
e o velho sempre envelhece
A vida é só vida
somos nos, a chaga,
a mudança e a ferida,
o homem é um animal social
é necessário o coletivo
e juntos nos destruimos
sem ao menos saber, o porque,
ou por quem.
Não precisamos ser mais
nem melhores
somos diferentes, mais ,muito mais iguais.
Mais iguais
precisamos ser mais iguais
não existe,
regras, leis, dogmas,
existe a vida, homens e mulheres
é só lembrar
o dia nunca nasce realmente
e a noite nunca dorme de verdade
somos nos que somos humanos
e não suportamos a realidade.

sábado, 9 de maio de 2009

Sou só,

sou ,

ilusão,

sou mundo,

,

eu,

real -mente em mim

o que verdade em você,

,

sou,

-mente em dizer

sou parte,

mundo,

,

eu.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Samba/ Cidade baixa

click no titulo do texto


Leva daqui essa tosse
me basta ser pobre e surrado
Pela vida
Levanta sai dessa cama, sabe bem que comida não cai do céu
Sei que a santa se cansa dos RICOS puxando seu véu
Se o grito vem do morro sincero pedido de socorro
De rostos iluminados por velas

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Coloque um maço de cigarros,

Olho o relógio e sei que ele não marca o tempo certo
sei que sou teu servo pois o tempo cobra caro, não espera,
me consome, minuto após minuto, mas pare e olhe as nuvens num dia claro,
elas estão la devagar, no seu tempo, mas olhe o relógio, tua carne apodrece, você esta morrendo,
quem vai chorar minha ausência ?

Ainda haverá mundo, surdo a girar,
A fome não ira comigo, assim como o gozo dum fim de tarde com os amigos,
seja o que for morrerei em breve e você também,
descansemos enfim na imensa paz do vazio,
de nossas vidas de privações,

quinta-feira, 2 de abril de 2009

terça-feira, 31 de março de 2009

Poeta sem poesia

Não quero ter palavras
nem teorias ou poetas
que não se traduza
em poesias
a ausência de sentido
mais sim em sentir
o amargor da vida nua
pois a palavra amiga
és aquela que num bar
amiga te ajuda a se perder
pelas vias das duvidas
de haver tantas duvidas de viver
se for por fim, terminar
a se entregar a razoes tão medidas
enfim, talvez felicidade habite
desconstrua tudo que há de bom em se ter
pois quando se aceita em verdade
que verdade há
definha a ténue linha que nos da
o gosto sabor de duvidar
de procurar, em novos braços
em outros laços, a simples vontade de ser e estar.
Sem espera, alimento a ultima gota de esperança
a desaprender o que é amar.

quinta-feira, 12 de março de 2009

ANNdE cante.

Vou indo assim
meio devagar
sem ninguém reparar
essa dor que carrego em mim.

Olhando a rua e os carros
tudo me parece tão devagar
agora pareço desvendar
que o mundo gira aos meus passos

Então sou mundo
calmo e sereno, e como devo ser ?

Pegue la meu violão
cante baixinho
as tristezas desse seu coração

e se a rua não calar
a avenida não ceder
é só não se esquecer
estou a te escutar

vê, ta tudo calmo agora
é você lembrar
que quando pesa a hora
é só você cantar.

Ande
cante Anne
eu quero ouvir.

CoreS INvanTiS

Mundo grande
pequeno eu
tudo pequeno
no mundo que é meu

meus olhos tão pequenos
olham um horizonte tão grande
buscando o que não sabemos

as pessoas são tantas
eu sou um
elas tão estranhas
e eu comum

uma ponta pequena
que me liga
a esta estranha vida

é o mundo grande
que me habita
onde a cor tem mais cores
da minha poesia.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Conversa desafinada

Deixa a gente se perder
A gente se afogar
Ate não mais querer
Parar de se beijar.

Abandona o medo bobo
De sair fora do jogo
De amar sem se ferir

Atrase uma hora
Esconda meus cigarros
Finja outros casos
Diga que vai embora

Para não morrer na monotonia
O amor em nossas vidas
De ter em outro dia

E se tudo se acabar ?

Diga então querida
O que sobrou ?
O que restou
De nossa vida ?

a saudade pra cantar.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

AQUELA VELHA FERIDA

Aos passos dos nossos desencontros,

lembranças do que não fiz

verdade que se contradiz

a cada verdade que encontro



meus pés estão sujos

minhas mão estão sujas

na vontade um insulto

a cada que surja



somos um sonho desesperado

de um hipócrita coração

desejando ter saudade

das mentiras de nossa ilusão



cultivamos a ideia

de um felicidade medida

nos sobrando apenas a ferida

que nunca sara, cicatriza

mantemos ela aberta

para nos lembramos

que ainda vida,

em meio as mentiras que nos contamos.