sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Não leia

Para não sofrer do mal que sofro,
basta não estranhar-se,
não perguntar-se quem é,
se tudo é mutável,
se razão ou lógica,
nas relações sociais,
basta não lembrar que ainda
que o homem explora o homem,
que as certezas que temos,
são conceitos criados,
que existem somente porque os aceitamos como verdades,
para não sofrer do mal que sofro,
basta apenas não pensar no que digo,
para não pensar no que digo,
basta apenas esquecer de si mesmo.
Quero esquecer.

Um comentário:

  1. As vezes me sinto da mesma forma, na verdade, quase sempre. Isso pode causar aflição, por outro lado, é um sinal de quê o sistema ainda não conseguiu te alienar. Antes a verdade nua e crua do que o entorpecimento dos sentidos.Gosto do seu estilo.Continue a tirar a venda de nossos olhos, através de seus versos.Abço, ju

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