quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Poesia meretriz



Por vezes, as palavras me disseram algo poético.

traduzindo os sentimento, os sentidos em escrita poética,

e quanto mais apaixonado fico,

morre comigo meu apaixonado poeta,

Pois de paixão alimenta-se

a doce vil ilusão da vida,

que nos mantêm de simulacro

o coração alimentado.
E por vez emulei,

e criei,

e no torpor,

na epifania do gozo da quimera,

de triste desamparo fiquei,

E como alguém que espera,

platónico amor de novela,

padeci, num gole de pinga amarela,

as letras poéticas num mijo de esquina,

Amado fui na madruga singela,

no seio farto de uma donzela,

passado coito apaixonado,

tirei a paga, o jornal, a verba

dos versos meus,

a recompensa da donzela.

E como boa meretriz que era,

beijou me, como o beijo da maça de Eva,

Voltei pra casa andando,

sangrando e sem dinheiro,

Foi pensando no romance,

da divisão que habitava nossas vidas,

lembrei que Romeu, com bravura, morreu de amor,

Então, vendi meus bens e comprei flores,

Resolvi então morrer de amores,

Passei um mês, no colo quente,

das putas da Augusta.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Um mundo de merdas.



Individualmente podemos tornar esse mundo uma merda, cada qual cagando sua contribuição, mas individualmente não podemos fazer do mundo um lugar melhor. Infelizmente cagamos muito e sozinhos.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Cristo, funk, carnaval, cigarro, Zecapagodinho e besteirol a parte.

Sigo alimentado de cerveja e tabaco, alimento meu consciente de embriagues e vicio.
tenho posto no rosto um riso triste, e na alma uma dor latente.
não mais tolero Eucaristia.
tão pouco a ilusória cidadania.
bebo e me esqueço.
fumo e adormeço em plena putaria.
sigo, o trem alegre da festa.
chorando a estupidez da espécie.
verdades não me habitam
as certezas? bem eu as cago ou vomito no banheiro.
somos o excremento de Deus, somos a tua vil bondade.
E quando me pedires um cigarro, lembre-se que não peço a tua bíblia.
Cantamos o mesmo refrão, eu com meu cigarro, e você bolando Deus.
Vamos descendo ate o chão, rebolando na miséria da tal cultura periférica,
A vida é uma festa de segunda a sábado,
Pois a rima perde a linha na missa de domingo,
A religião negra tão satanizada, tem prós pretos e prós brancos o forte som do tamborzão.
E o povo brasileiro tão guerreiro, continua trabalhando e segue cantando "deixa a vida me levar"
Segue a prole no embole no discurso popular,
De quem trabalha e consome um dia encontra seu lugar,
E a fé cega de que a Educação ira mudar,
Esse país de miseráveis, que no Carnaval vão pular,
Um outro samba relembrando a historia do burguês branco,
Que o pobre hoje tem o seu lugar,
Eu vou dizer - vou dizer..
Que alegria a minha quando eu beber..
Eu vou dizer - vou dizer er..
que tristeza minha vendo o meu povo padecer...