quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Eu bebado

O bêbado cruza as pernas e com o passo no descompasso cai em rua aberta.
E meus cigarros onde estão?
Meus amigos aonde vão?
Ninguém aceita conversa fiada acha palhaçada,
A solidão dessa vida desgraçada.
Meu corpo jogado em plena via,
O publico apressado, todos cansados, fadigados dos seus trabalhos.
E pra quem passava o bêbado sorria, e cada qual dizia.

__Pobre diabo!

___ que Deus ilumine seu caminho.
E outros pensavam, escoria desgraçada prefiro um cão sardento e sem rabo.
Eu sorria.
A todos o bêbado sorria,

“A pinga não afoga minha tristeza, mas adormece minha mente de alegria”

O muito do pouco

Somos tão poucos, sendo a maioria de muitos que são poucos.
Somos o trabalho, todo o cansaço de cada descansado,
pelo suor de muitos braços.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Inacabado e com virgula,

Sinto saudades do que tive e do que não tive. tenho esperanças que florescem mortas e uma fé sem vida. Tudo o mais que me restou foram os meus vícios e minhas manias irritantes.

Meus passos já não pisam firmes, são tão perdidos quanto o dono.

É estranho saber que, não sei o que fazer com minha vida, se ela é a única coisa que tenho. Todos parecem viver suas vidas com total certeza, convencidas que seus destinos foram traçados, parecem !

As vezes uma felicidade repentina envolve-me, e sinto que as coisas vão mudar, uma esperança cega que motiva-me a tentar ser igual, mas ao passar de algumas horas, os sintomas são claros, la vem, a ressaca de frustrações.

Ainda não parei de fumar, não fui ao medico ou ao dentista, não poupei dinheiro, não me alimentei melhor, não pratiquei exercícios físicos, não estudei e por fim, não fui o homem que me fala agora.

Você deve estar pensando que sou derrotista, sem alto estima, que reclamo de barriga cheia, que me falta Deus ou um bom livro do Paulo coelho, mas eu juro-te que esforço-me a persuadir e enganar essa coisa em minha cabeça, trabalho e isso não me faz feliz, vejo o cansaço em meu rosto e de todos ao meu redor, faço bem ao próximo e sou pisoteado no embarque do trem, no meu trabalho e enfim pelos meus próximos. hoje sei que certezas não existem, que os sonhos são as mentiras que alimentam nossos corações e mesmo assim sonho para ter o desprazer de acordar no fim. A vida furtou-me o lírico amor de minhas poesias e agora cuspir-lhe -ei na cara o mais verde catarro de prosa, mais mesmo assim o que me sobra é outro cigarro barato.
Não julgue leitor afoito, fazendo adivinhações a meu respeito, não é preciso, não há entrelinhas nem metáforas, nessas linhas, há apenas o desabafo de alguém comum que vive a mesma ilusão que a sua, a única diferença é que você, acredita nela, e eu já me cansei da mesma piada.
Não, não. Eu não vou me matar, pare de pensar besteira, vou ficar, olhando a vida cara a cara, pois ao acabar, restara apenas carne podre numa cova de indigente.
Vou gozar ao máximo de tudo que me for possível, aceitarei e sofrerei as consequências de minhas escolhas. Vendo pesar-me os anos, engordar e trabalhar.
O bom é o inesperado, é o atraso do trem, um elogio de um bom amigo, uma boa transa, um beijo sincero, uma briga ao acaso, e sei que tudo isso raramente acontece, desejo boa sorte leitor, que você continue a viver feliz e saudável, que não se questione sobre o que é você ? ou quem é você ?
se tua vida tem algum valor ? e pra quem ? Desculpe, não quis escrever (mentira) isso.
Bom como tudo ate agora em minha vida, ficou inacabado vou ficando por aqui, não me venha choramingar, o que esperava, um felizes para sempre, ou então:
__ hoje eu encontrei Deus que é meu senhor ee........
a merda, viva e foda-se , e vou acabar essa merda com virgula, viu virgula,,,