quinta-feira, 29 de outubro de 2009

A vida é um circo.


Minhas verdades foram destruídas.

E hoje engano-me, finjo ser sincero minha sinceridade. minto com minhas roupas, com meu cabelo, com minha calma, passividade, alegria e as certezas incertas de si.

A convivência social e suas mascaras, tenho varias mesmo quando acho que não as possuo.

É inevitável. Sou apenas mais uma criação, uma invenção idealizada de homem, de amigo, cidadão, de filho.

E mesmo que ao escrever tente reverter ao padrão, sou apenas seu antónimo. O complemento necessário para a existência de uma normalidade.

Mas não se preocupe, apertemos as mãos, me de um sorriso.

A vida é um circo alegre e divertida. Somos só os palhaços, adormecidos e maquiados.

Tchau.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Me anoiteço quando não durmo

é simples se perder
pois a busca é viver
a achar que se perde
o que nunca se teve

a simplicidade
é a chave
aceitar a verdade
que felicidade
é saudade ou instante

crer no sol
na chuva a nos guiar
é repousar e acreditar
em motivos pra seguir
não me deixo enganar
tão pouco me abater
vou cegando a razão
quando alma enfraquecer

no peito a bater
um coração sem eu querer
é simples levantar
quando se cre
que verdade não ha
fazer do tempo, amigo
e da vida so viver,
ver a noite anoitecer
e a vida a se acabar.

A verdade idealizada só me mostra minha imperfeição

Desconstruo a cidade
Buscando a realidade
Que se perde em partes
A cada parte que se parte

E desses símbolos
Finjo que sinto
Que são meus
Pois quando minto
Acho que me sinto
Mais parte dos teus.

Sou o teu mais um
Sem bem nenhum

E se preocupas comigo
Desde berço a morte
Num abraço amigo
Ensina-me e envolve
Para que não fuja a norma
Te teus sonhos ideais
Mais tu ÉS espelho
Quando olho pra mim
A face imperfeita
Que lhe deseja o fim.